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EMPRESARIAL - 60% das empresas pretendem contratar nos próximos meses, segundo pesquisa

Publicada em 18 de agosto de 2021

A 2ª edição da pesquisa "Como sua empresa está reagindo à crise?", da PwC Brasil, traz uma nova percepção dos impactos socioeconômicos da pandemia no curto e médio prazo na gestão das empresas e nas dinâmicas do ambiente de trabalho. Após a 1ª edição, em junho de 2020, a PwC ouviu mais de 20 indústrias entre outubro de 2020 e março deste ano.

O levantamento mostra que houve aumento das contratações e das ações para proteção do fluxo de caixa, a readequação da força de trabalho e a redistribuição dos profissionais para outras cidades brasileiras e até para o exterior.

Implementação do Home Office

Com a mudança na rotina dos escritórios, o home office ganhou espaço e 79% das empresas pretendem manter ou implementar o trabalho remoto, e 68% adotarão o modelo híbrido de trabalho, combinando expediente remoto e presencial.

Segundo a pesquisa, 28% das empresas adotaram o conceito de trabalho de qualquer lugar, ou seja, permitiram que seus profissionais trabalhassem fora da cidade ou do país de origem da contratação, ampliando as fronteiras do trabalho à distância. Os bons resultados fizeram com que 38% das empresas ouvidas estudem aplicar essa possibilidade de forma de trabalho.

Ainda neste campo, quase 25% das empresas adotaram medidas específicas para empregados em mobilidade global, com 23% adotando o virtual assignment (mobilidade internacional virtual) e 19% repatriando seus empregados.

Aumento nas contratações

No período da pesquisa, as contratações aumentaram em 30%, com destaque para os setores do Agronegócio e Tecnologia, e 60% delas pretendem fazer contratações nos próximos meses. As empresas também diminuíram em 10% a redução de benefícios, de jornada ou da suspensão temporária do contrato de trabalho, além da concessão de férias individuais ou coletivas.

"Nossa pesquisa mostra que a pandemia trouxe avanços e mudanças estruturais permanentes na gestão dos trabalhadores, como na adoção do trabalho à distância e mais políticas de retenção de talentos", afirma Flávia Fernandes, sócia da PwC Brasil, que avalia que o trabalho remoto estará de forma definitiva no dia a dia das empresas.

Ações para mitigar os efeitos da crise no curto prazo

A Covid-19 fez as empresas se adaptarem para continuarem funcionando de forma plena e segura. Para proteger o fluxo de caixa, 54% das empresas usaram créditos tributários ou previdenciários, além de empréstimos bancários, e reduziram a sua infraestrutura, um aumento de 17% em relação à primeira pesquisa.

A pesquisa também mostra que os ajustes se tornaram permanentes como o aperfeiçoamento dos controles de acesso, higienização dos ambientes de trabalho, a criação de comissões para gerenciamento da crise, além de investimentos em tecnologia e processos. 77% dos entrevistados afirmam ter revisto políticas, procedimentos e layouts dos ambientes de trabalho para cumprir as novas normas legais decorrentes da pandemia.

A oferta de infraestrutura de trabalho aos profissionais que ficaram em casa, com reembolso de despesas com internet e telefone, quase dobrou em relação à pesquisa anterior, passando de 10% para 23%. Nesse contexto, 30% das empresas afirmam que vão estudar seguir com essa política nos próximos meses.

Benefícios e bem-estar aos funcionários

Em consonância com o aumento da preocupação da sociedade com as práticas ESG, as empresas aumentaram a preocupação com o bem-estar da força de trabalho. 59% disponibilizaram programas, como a prática de meditação e exercícios guiados por vídeo.

 

"Percebemos que as organizações estão cada vez mais adaptadas à nova realidade e a eventuais crises futuras. Nossa expectativa é que esse novo cenário também traga inovações na legislação brasileira voltada para a relação de emprego, visando a correspondente adequação à nova forma de gestão de pessoas.", finaliza a sócia da PwC Brasil.

Fonte: Contábeis

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